A mocidade é campo de trabalho, estudo e vivência do evangelho dentro e fora do Centro Espírita. É o local onde jovens se encontram para estudar a Doutrina Espírita, ter a oportunidade de contribuir com a organização da própria mocidade, estabelecer vínculos com outros jovens, com seus instrutores e com o próprio Centro Espírita.
Sabendo desses objetivos, de que forma podemos (re)estruturar uma mocidade? Vamos começar do básico, desde a concepção da mocidade até o planejamento das primeiras aulas. É importante destacar que cada Centro Espírita possui suas particularidades e que estas etapas foram elaboradas com base em trabalhos realizados anteriormente e que fizeram sentido para o momento e para o local. Vale a pena refletir sobre cada ponto e analisar se estes podem ser concebidos e/ou adaptados a sua realidade. No final do texto apresentamos um passo a passo como possível caminho a ser percorrido ao abrir uma mocidade.
Abrir uma mocidade requer empenho e dedicação. É comum iniciarmos este trabalho realizando ações de envolver as pessoas, reunir para planejar e realizar as aulas. Mas vale refletir também no rumo que queremos dar ao trabalho, onde o trabalho poderá chegar em algum dia nessa condução de espíritos que estão hoje no processo de despertar. Importante ressaltar que nenhum jovem chega até nós por engano e pode ser que esse jovem faça parte de um projeto maior, que não temos o conhecimento. Logo, estes jovens podem contribuir com projetos como:
Ser o futuro trabalhador desse ou outro Centro Espírita, até mesmo o futuro coordenador da Mocidade, garantindo a sustentabilidade do trabalho;
Ser um agente transformador da sociedade, ajudando no processo de transformação para o Mundo de Regeneração;
Ser um pai ou uma mãe no futuro que valoriza o papel da mocidade para seus filhos, que ofereça um lar estruturado capaz de formar espíritos de bem.
Estes são alguns exemplos de projetos que a mocidade tem a participação. Mas, além disso, por mais que tenhamos em mente que este é um trabalho importante, vale lembrar que a motivação do trabalhador com a juventude, e também em qualquer outro trabalho, é muito pessoal, que cada um faz este trabalho porque de alguma maneira o nosso coração foi tocado. É neste ponto de que precisamos nos apegar, porque foi desta forma que a espiritualidade nos sensibilizou para realizar esta tarefa.
O trabalho com a juventude, assim como qualquer outra realizado no Centro Espírita, não pode ser algo realizado de forma isolada. Por outro lado, sabemos que ter um grupo de trabalho pode não ser uma realidade, uma vez que é comum o trabalho ser realizado por apenas uma pessoa. Mesmo assim, não podemos deixar de pensar na importância de ter uma equipe. Tendo isso em mente, rogando sempre ao nosso Mestre para encaminhar outros trabalhadores, precisamos ficar atentos as oportunidades. Pode ser que o trabalhador ainda não esteja pronto (assim como muitas vezes também não estamos prontos) mas estudando juntos, dialogando e refletindo sobre as aulas, sobre os jovens e percebendo o auxílio da espiritualidade, o trabalho tende a fluir.
De forma prática, recomenda-se não realizar o trabalho sozinho. Tente envolver o dirigente do Centro Espírita, mostrando como está o planejamento das aulas, os desafios dentro da sala. Se existem outras pessoas que estão inclinadas a contribuírem com o trabalho, crie um grupo de whatsapp, agende as reuniões de planejamento semanal com todos eles. Importante que este grupo tenha a participação de alguns jovens mais maduros. Estes jovens, aos poucos, vão se engajando no trabalho, dando opinião e as vezes até realizando o planejamento das ações da mocidade. Sem a presença do jovem no planejamento, provavelmente você levará mais tempo para entender a dinâmica de vida dos jovens da mocidade, não saberá de imediato se a aula planejada vai ser atrativa para eles. Lembre-se: o trabalho é COM o jovem e NÃO PARA o jovem.
Alguns livros de estudos que recomendamos para fortalecer o grupo de trabalho:
O Mestre na Educação (Vinicius)
Prática Pedagógica na Evangelização – Volumes I, II e III, de Walter Oliveira Alves, editora IDE.
O jovem gosta de se sentir pertencente a algo que faça sentido para ele, que comunica de acordo com sua linguagem, que entende seus desafios. Partindo desse princípio, o jovem precisa reconhecer que dentro do Centro Espírita existe um espaço organizado, seguro e que foi pensado especialmente para ele. Por este motivo, recomendamos que seja pensado em um nome da mocidade, pode ser uma homenagem a algum irmão/irmã como por exemplo MEJA (Mocidade Espírita Joanna de Ângelis) ou que remete a algum conceito, como MEOC (Mocidade Espírita Obreiros do Caminho). A partir da definição do nome, é importante reforçar isso com os jovens e com os pais, seja em conversas com os familiares, nos estudos da mocidade, na confecção de camisetas, nas reuniões de trabalho com outros departamentos do Centro Espírita.
Outro ponto importante a ser definido é o dia da semana e horário de funcionamento da Mocidade. É comum realizar a mocidade em horário de reunião pública, pois é um momento em que a família é acolhida pelo Centro Espírita, além de ser uma comodidade também. Vale ressaltar que este dia e horário não precisam ser definidos apenas uma vez e nunca mais revisto. É importante ter em mente que o perfil do jovem é que vai definir isso, observe o seguinte exemplo. Uma mocidade possui, em sua maioria, jovens que estão prestes a realizar a prova de vestibular. A reunião pública do Centro Espírita é durante a semana, mesmo horário que os jovens estão estudando. Pode ser que faça sentido realizar o estudo da mocidade no domingo pela manhã ou sábado no final do dia. Este caso é diferente de outro Centro Espírita que a maioria dos jovens são mais novos, em que não conseguem ir no Centro se não for acompanhado dos familiares. Logo, este ultimo caso é mais propenso a realizar o estudo da mocidade no mesmo horário da reunião pública.
Como planejar a aula para um jovem que não conhecemos? Partindo dessa provocação, acreditamos que as primeiras aulas da mocidade possuem um caráter mais de diagnóstico, ou seja, identificar o perfil do jovem que participa do estudo da mocidade. Este tipo de aula não serve apenas quando vamos abrir uma mocidade do zero, mas é importante realizar este tipo de aula com uma certa frequência, que seja anual, para contemplar os jovens que se juntarão ao trabalho ao longo do tempo e também para considerar que somos seres em evolução, nossa compreensão de mundo e nosso contexto estão sempre em mudanças.
Acreditamos que realizar uma aula para cada temática para entender o contexto do jovem, pode ser um caminho a ser percorrido. Veja os temas:
Eu e a família
Eu e a sociedade
Eu comigo mesmo
Eu e Deus
Estes 4 temas tem o objetivo de compreender a relação do jovem com a família, com a sociedade e com Deus. A partir da manifestação do jovem a respeito dessas temáticas, é possível ter uma noção do contexto social, do entendimento do jovem sobre o espiritismo, e como ele se vê diante do acontece na ruas, no colégio, na faculdade, no mercado de trabalho, na família.
É importante que nessas aulas tenha uma pessoa específica para anotar tudo que pode ser útil para identificar o perfil do jovem, suas dores, seus anseios, tudo que pode auxiliar no momento que for definir os temas das aulas do semestre.
Tema: Eu e a família
Objetivo: Identificar o contexto familiar que o jovem da mocidade se encontra
Recursos: oferecer um lanche no início ou no final do estudo como forma de acolhimento aos jovens neste primeiro dia de mocidade. Papel, tesoura, cartolina, pincel atômico.
Subsídio doutrinário:
Adolescencia e Vida (Divaldo Franco) – CAP 4
Evangelho Segundo o Espiritismo (Alan Kardec) - Cap. IV #18
Livro dos Espíritos (Alan Kardec) - Qs. 205;215;582.
Atividade 1: Realizar as boas vindas aos jovens, apresentar a mocidade, quem são os trabalhadores.
Atividade 2: Entregar uma folha em branco e pedir para o jovem desenhar o retrato da família. Depois disso, pedir para o jovem se apresentar e apresentar a sua família.
Atividade 3: Realizar alguns questionamentos sobre a família e relacionar as respostas com o conteúdo doutrinário. Importante: não responder as perguntas abaixo no primeiro momento, deixar que os jovens respondam para você ter uma noção do conhecimento do jovem.
O que é família para você? Existe uma constituição familiar ideal?
Na família temos apenas pessoas com afinidade?
Qual a relação de família e sociedade?
Apresentar conteúdo doutrinário com base nos subsídios para alinhar o entendimento sobre família com base no espiritismo.
Atividade 4: Fazer um recorte de papel no formato de bonequinho conforme imagem abaixo. Pedir para cada um escrever o nome do familiar que faz parte da sua família. Depois juntar todos os bonequinhos e colar em um cartaz, dizer que fazemos parte de uma família universal e que hoje, essa família foi ligada pela mocidade, mesmo que alguns familiares não façam parte diretamente, mas indiretamente eles contribuem para todos estarmos aqui.
Tema: Eu e a sociedade
Objetivo: Compreender a visão do jovem a respeito da sociedade atual e como ele se vê dentro dela.
Recursos: Vídeos reportagens de escolas (ver descrição das atividades), data show, computador e caixa de som.
Subsídios doutrinários:
Bem-aventurados os puros de coração. Cap. 8. Evangelho Segundo O Espiritismo.
Sede perfeitos. Cap 17. Evangelho Segundo O Espiritismo.
Atividade 1: Apresentar um video que mostra a reportagem dos desafios que as escolas vivenciam. Desafios voltados para segurança, falta de recursos, qualidade no ensino, perfil dos jovens, etc. Após o video, realizar alguns questionamento. Importante questionar e deixar que o jovens respondam as perguntas, não ficar induzindo as respostas.
O que mais chamou sua atenção?
Qual a opinião de vocês a respeito dessa reportagem?
Como é a escola de vocês? O que tem de bom e de ruim?
Atividade 2: Mostrar um segundo vídeo também de reportagem fazendo contraponto ao primeiro, ou seja, mostrado como uma escola conseguiu ter bons resultados. Realizar os seguintes questionamentos:
O que te chamou mais a atenção neste vídeo?
Qual a opinião de vocês sobre este vídeo?
Qual a relação do primeiro com o segundo vídeo?
Vocês acham que a sociedade está mais próxima do primeiro vídeo ou do segundo? Conte alguma história que você vivenciou que faz acreditar que estamos no primeiro ou no segundo vídeo.
Atividade 3: Trazer todos os pontos que mais te chamou a atenção e realizar os comentário de acordo com a doutrinária espírita. Verificar os subsídios doutrinários.
Atividade 4: Pedir para todos fecharem os olhos e escutar a música com o coração. Colocar a música Receita para a paz no mundo, Grupo Arte Nascente (GAN). No final, entregar a letra da música para levarem para casa.
Tema: Eu comigo mesmo
Objetivo: Compreender de que forma o jovem se vê, como ele se relaciona com ele mesmo.
Recursos: computador, datashow, caixa de som, papel e caneta.
Subsídios doutrinários:
Amar ao próximo como a si mesmo. Cap. 11. Evangelho Segundo O Espiritismo.
Bem-aventurados os puros de coração. Cap. 8. Evangelho Segundo O Espiritismo.
Atividade 1: Colocar um bloco de 4 folhas em cada canto da sala, ou seja, teremos 4 blocos de 4 folhas cada bloco. O facilitador deverá escrever 4 respostas diferentes para as seguintes perguntas. A vivência funcionará da seguinte forma, o facilitador faz uma pergunta, ao invés do jovem falar a resposta, ele vai até o canto da sala que a resposta do bloco condiz com sua escolha. Depois o jovem volta para o meio da sala, o facilitador retira a primeira folha de cada bloco. Então, o facilitador realiza a segunda pergunta e o jovem escolhe a melhor resposta para ele. Vai fazendo isso até realizar as 4 perguntas e acabar as folhas dos blocos. A seguir estão as respostas que deverá estar em cada folha.
Como eu me sinto a maior parte do tempo em relação ao meu corpo?
aceito ele do jeito que ele é
gosto um pouco, mas sinto vergonha
sou satisfeita com ele, não mudaria quase nada
gostaria de reencarnar novamente com outro corpo
Quando você erra, o que você costuma fazer:
Tento não comentar com ninguém
Sei que vou ser julgado por alguém e começo a me preparar
Falo com alguém para me ajudar a resolver
Tento resolver sem falar com ninguém
Se você tivesse a oportunidade de mudar de vida, como você agiria:
Pediria para mudar tudo, mudaria até de país e família
Gostaria de ter mais recursos financeiros
Não mudaria nada
Gostaria de ser adulto logo
O que é sucesso para você:
Ter uma família
Ser rico
Ser feliz
Estar com alguém
Após a vivência, questionar aos jovens o que mais chamou a atenção deles. Pedir para comentarem pq a maioria deles escolheram uma resposta e a minoria outras respostas. Usem este momento para entender o motivo que levou os jovens a escolherem cada resposta.
Atividade 2: Apresentar a história de Jeronimo Mendonça. O vídeo a seguir pode ajudar na apresentação:
https://www.youtube.com/watch?v=69DNluuYMp4
Após o vídeo, questionar:
Já conheciam Jeronimo Mendonça?
O que mais chamou a atenção?
Como vocês imaginam que seja a relação do Jerônimo Mendonça com ele mesmo, com o corpo dele?
Relacionar as respostas dos jovens com os subsídios doutrinários. A ideia é cuidar do nosso corpo, mas não ser refém da beleza, é fazer as pazes consigo mesmo, mas para isso é necessário se conhecer.
Atividade 3: Entregar um papel e um lápis para cada um. Pedir para eles imaginarem que cada um tem um filho que é muito parecido com eles, que vai trilhar um caminho muito similar ao que cada um trilhou até agora. Pedir para eles escreverem uma carta para esse filho, para essa criança, dizendo o quanto ela é amada, o quanto Deus está cuidando de tudo para o melhor aconteça. Pode colocar coisas particulares, eles levarão essa carta com eles mesmo, diga que quando as coisas ficarem difíceis, recorra a esta carta e ao Mestre Jesus.
Tema: Eu e Deus
Objetivo: Compreender de que forma o jovem se relaciona com Deus
Recursos: terra, vaso pequeno, grão de feijão.
Subsídios doutrinários:
Meu reino não é deste mundo. Cap. 2. Evangelho Segundo O Espiritismo.
A Fé transporte montanhas. Cap. 19. Evangelho Segundo O Espiritismo.
Deus. Cap. 1. O Livro dos Espíritos.
Atividade 1: Pedir para os jovens escolher e pegar algum objetivo que para ele significa se conectar a Deus ou que, de alguma forma se conecta a Deus. Pedir para cada um justificar as repostas.
Atividade 2: Colocar 3 cartazes na sala. Cada cartaz com uma pergunta:
Qual a frequência que eu me conecto com Deus?
Em que momento eu me senti frustrado com Deus?
Em que momento eu não vi explicação se foi pela presença de Deus em minha vida?
Pedir para os jovens responderem as perguntas escrevendo em post-its. Depois de escreverem, pedir para colar nos cartazes. Ler as repostas, comentar sobre elas.
Atividade 3: Realizar um alinhamento doutrinário sobre o conceito de Deus, onde está escritos suas leis, o amor de Deus que não cobra e nao pune, ele nos ama pelas nossas potencialidades, ele não deixa de nos amar porque esquecemos de orar, porque temos pensamentos ou atitude ruins, mas todos nós estamos submetidos as Leis naturais.
Atividade 4: Convidar os jovens a plantar um pé de feijão. Entregar um vaso pequeno com um pouco de terra. Depois que todos plantarem, dizer que a nossa relação com Deus precisa ser regada, cuidada. Ele é como essa semente dentro de nós (centelha divina) e quanto mais a gente cuida dessa semana, mais em comunhão com Deus nós estamos. Deixar os jovens levar para casa e pedir para enviar as fotos do crescimento do pé de feijão. Desafiar os jovens a trazer o pé no final do semestre.
O planejamento dos temas das aulas de todo o semestre vai facilitar a vida dos trabalhadores da mocidade. Ter este planejamento pronto reduz o esforço semanal de quem vai planejar e conduzir o estudo.
Se foi realizado as aulas de diagnóstico ou se, de alguma forma, existe uma demanda de estudo que faça sentido para os jovens, coloque isso no calendário e compartilhe com os trabalhadores e até mesmo com os jovens participantes. Essa organização gera credibilidade para o trabalho, e quem observa isso são os jovens, os familiares, os trabalhadores e a direção do Centro Espírita.
Neste calendário, é possível atribuir os estudos a alguns trabalhadores e pedir a alguns jovens para auxiliar no planejamento e na condução. Importante destacar que o trabalho com o jovem requer orientação e oportunidade, ou seja, não é simplesmente delegar ao jovem que realize o estudo, mas colocar junto a uma pessoa mais madura que seja capaz que auxiliar o jovem a organizar seus pensamentos, encontrar subsídios nas obras corretas e na organização dos recursos didáticos.
Com o calendário, é possível também convidar outras pessoas, de fora da mocidade, para conduzir algum estudo específico. Pode-se também preparar uma aula especial, como visitar outra mocidade, receber outra mocidade, realizar alguma prática assistência, realizar uma palestra feita com o jovem na reunião pública do adulto.
Outro ponto importante sobre o planejamento do semestre é a necessidade de flexibilizar o planejamento. Imagine que um jovem apresenta sinais de ansiedade e você descobre que ele está preocupado com o vestibular. Mas o seu planejamento não contempla nenhum tema que pode abranja essa necessidade. Não faz sentido nos restringirmos ao planejamento, considerando que um dos objetivos da mocidade é de levar alívio ao coração desses jovens. Faz mais sentido ajustar o calendário e preparar uma aula que ajude o jovem a superar este desafio. Fique sempre atento ao que os jovens falam e também nas atitudes deles dentro de sala, isso é fonte rica de informação para o planejamento das aulas.
Livros que podem ser utilizados como roteiro para os temas das aulas do semestre:
Adolescencia e Vida (Divaldo Franco, FEB)
ABC da Juventude (Jacobson Santana, FEEGO)
Jesus no Lar (Francisco Candido Xavier, FEB)
Colocamos alguns pontos que precisam ser levados em consideração durante o planejamento e também na condução dos estudos com a mocidade:
Utilize um modelo de plano de aula (clique aqui para baixar): tema, objetivo da aula, recursos necessários, texto de apoio doutrinário com a temática da aula, descrição da atividade 1, 2 e 3, e avaliação após a aula. Guarde todo o planejamento das aulas em local seguro, de fácil acesso e de forma que você consiga consultar no futuro e compartilhar com outros evangelizadores.
Tenha bom senso ao procurar aulas prontas da internet. Elas foram planejadas para atender jovens que muito provavelmente não possuem o mesmo perfil que os jovens da sua mocidade. Usar uma aula pronta da internet é diferente de utilizar uma atividade ou outra. Inclusive é recomendável usar atividades prontas da internet, mas lembre-se de adaptar para a realidade do jovem da sua mocidade, de verificar se faz sentido para o contexto da aula e se ela encaixa com as demais atividades.
Fique atento se suas aulas estão terminando exatamente no horário que foi previsto. Parte da aula você tem controle, que é parte que conduzimos, a outra parte e que não temos controle é a que diz respeito da participação do jovem. Fique atento se você está considerando este momento de participação deles ou se você está mais preocupado em atender exatamente o horário previsto.
O trabalho com a juventude requer estudo constante, lembre-se de fazer isso com o grupo de trabalho, se houver, ou até mesmo sozinho. Sempre precisamos conhecer melhorar a doutrina espírita, metodologias de aula e o contexto do jovem.
Faça sempre uma avaliação das aulas com os trabalhadores, preferencialmente logo após o estudo com a mocidade. Anote no planejamento da aula, o que funcionou, o que pode ser adaptado, o que deu certo. Esta prática vai te auxiliar no futuro, quando for realizar um estudo similar a esse e você precisar recorrer a esse planejamento. Além disso, isso permite que você conheça melhor o perfil do jovem da mocidade e prepare melhor os próximos estudos.
A mocidade precisa sempre ser divulgada nas redes sociais e também na reunião pública. Todos os trabalhadores do Centro Espírita precisam estar cientes do trabalho que é realizado. A divulgação pode ser feita tanto ao se informar o dia e o horário de funcionamento, quanto também na forma de apresentação de projetos desenvolvidos pela mocidade. Pode-se, por exemplo, ensaiar uma musica de apresentação de Natal e cantar com a mocidade na reunião pública. Isso é uma forma de divulgação da mocidade, mostrando o resultado de um trabalho.
É importante que com frequência seja realizado o convite aos jovens que estão na reunião pública, bem como que se estenda esse convite aos filhos e netos dos frequentadores e dos trabalhadores do Centro Espírita. Dentro da mocidade, vale pedir aos jovens de convidarem seus amigos e familiares para participarem.
Criar o grupo de trabalho;
Definir o calendário de reuniões de planejamento e estudo dos trabalhadores;
Criar o nome da mocidade;
Definir o dia e horário de funcionamento da mocidade;
Planejar as aulas de diagnóstico;
Divulgar a mocidade;
Coletar e estudar os dados sobre o perfil dos jovens da mocidade, baseado nas aulas de diagnóstico;
Definir a temática das aulas do semestre;
Planejar, realizar e avaliar as aulas.